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Impacto econômico da guerra vai deixar carro, geladeira e imóvel ainda mais caros


O impacto econômico provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia vai deixar eletrodomésticos, automóveis e imóveis ainda mais caros aqui no Brasil. O receio de que o conflito afete o fornecimento de matérias-primas já encareceu insumos usados pelas siderúrgicas para produzir aço, um produto que compõe grande parte dos custos de fabricação dos bens duráveis, dizem empresários. O repasse de preços nessa cadeia já começou. Semana passada, uma das principais siderúrgicas do país, a CSN, anunciou um aumento de preços de 20% para os produtos que vende para a indústria, em um reajuste que será feito em duas parcelas: 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15.


A companhia, que fornece produtos para os setores automotivo, de linha branca (geladeiras, fogões), construção e embalagens, disse que está retirando descontos que vinha praticando por causa do encarecimento de matérias-primas, como minério de ferro e carvão metalúrgico. Já os fabricantes de bens de consumo que usam o aço comprado das siderúrgicas criticam o reajuste de preços e alertam que essa conta mais alta vai sobrar para o bolso do consumidor.


Matérias-primas mais caras por causa da guerra O conflito no leste europeu reacendeu o movimento de alta dos preços de diversas matérias-primas, de grãos, como trigo e milho, a metais e petróleo. O receio das empresas e países é que a guerra e as sanções impostas à Rússia reduzam ou interrompam a oferta desses produtos. Na indústria do aço, os aumentos de preços mais sensíveis ao setor impactam metais e petróleo, disse o diretor-executivo comercial da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Luiz Fernando Martinez, em entrevista dada ao Valor Econômico. Segundo ele, desde o dia 3 de janeiro, o minério de ferro subiu 13% e o carvão 83%, elevando em 37,5% os custos em reais da produção da placa apenas neste começo de ano. E antes disso, dados da FGV mostram que, desde o início da pandemia, a cotação do carvão mineral para exportação aumentou 245% no mercado internacional, o níquel subiu 124% e o ferro gusa se valorizou em 120%.


















(Fonte: Divulgação/Uol)

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