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Real se mostra a moeda mais valorizada frente ao dólar no ano


O real apresenta o melhor desempenho frente ao dólar na comparação com uma cesta de 22 moedas, composta tanto por divisas de economias emergentes quanto de desenvolvidas.


Nesta quinta-feira (24), a moeda americana engatou o sétimo pregão de queda ante o real e fechou cotada a R$4,8319, baixa de 0,25%, após atingir a mínima de R$ 4,7655.


É o menor nível de fechamento desde o pregão do dia 13 de março de 2020, quando a divisa terminou cotada a R$ 4,8127. No ano, o dólar já tem queda de 13,33% ante o real.


Levantamento feito pela Economatica a pedido do GLOBO mostra que o real foi a moeda que mais se valorizou no ano frente ao dólar, considerando o desempenho de uma cesta de moedas de mercados emergentes e alguns desenvolvidos.


O cálculo é baseado na taxa Ptax para venda, do Banco Central, usada como referência para operações em moeda estrangeira.


A baixa do dólar já ocorre desde o início do ano, mas se intensificou nos últimos pregões.


Por que caiu?


O Brasil vem se aproveitando de uma rotação de carteira dos investidores internacionais.


Eles têm procurado papéis de “valor”, como são conhecidas as empresas com histórico mais consolidado, entre elas as de commodities e bancos, setores com forte peso no índice brasileiro.


A rotação ocorre pela perspectiva de elevação dos juros americanos, que prejudica papéis de "crescimento", como são chamadas as companhias que apostam em teses de crescimento futuro. Essas ações costumam ser as mais afetadas por um ambiente de alta nos juros.


O movimento ajuda a trazer mais dólares para o nosso mercado e, por tabela, contribui na desvalorização da divisa.


Até o pregão do dia 22 de março, o fluxo estrangeiro no segmento secundário da B3, aquele com ações já listadas, estava positivo em R$ 83,593,6 bilhões.

O nosso patamar de juros elevados também impulsiona o real, com o BC brasileiro iniciando seu processo de normalização monetária muito antes do que seus pares externos.


O diferencial entre as taxas praticadas internamente e no mercado externo está elevado e estimula a prática chamada de carry trade, que consiste em tomar o dinheiro em países onde as taxas são baixas e investir em outros que têm juro maior e que trazem, portanto, mais rentabilidade.


















(Fonte: Divulgação/iG)

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